Empresas do transporte coletivo acertam reajuste salarial de 6,5%, e motoristas cancelam greve de ônibus, diz TRT
30/06/2025
(Foto: Reprodução) Categoria havia anunciado greve para o dia 1º de julho, caso não chegassem a um acordo. Motoristas também receberão ajuste de 7% no ticket alimentação. Ônibus do transporte coletivo em Goiânia, Goiás
Wesley Costa/O Popular
Após audiência realizada na tarde desta segunda-feira (30) no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, representantes de empresas do transporte coletivo acertaram 6,5% em reajuste salarial dos motoristas de ônibus de Goiânia. Após as negociações, a greve da categoria que havia sido anunciada para o dia 1º de julho foi cancelada, informou o TRT.
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A assessoria do órgão informou que outras mudanças foram realizadas após as negociações, como: reajuste de 7% no ticket de alimentação, cesta natalina para os profissionais demitidos entre 15 de outubro e 15 dezembro e a entrega de dois uniformes anuais pela empresa.
A desembargadora, Iara Rios, que conduziu as negociações, disse que o acordo feito se deve a atuação de todas as partes, visando resolver a situação. Iara afirmou que o Sindicato dos Trabalhadores e Sindicato Patronal.
"Ambas as partes fizeram concessões para chegarmos a um bom acordo e com isso ganha a sociedade, com a conscientização dos transtornos que uma greve causa a todos os usuários do transporte público," afirmou Iara.
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O presidente do Sindcoletivo, Carlos Alberto, disse que as propostas da empresa ficaram abaixo do que o sindicato esperava. Ele afirma que apesar das dificuldades, a categoria vai continuar trabalhando para conseguir melhores aumentos no próximo ano.
"Tivemos perdas salariais há alguns anos, esperávamos propostas um pouco maiores, mas também reconhecemos que nossa categoria é sensível, é um serviço essencial para a sociedade," disse o presidente.
Carlos Alberto informou que as negociações com os empresários começaram em dezembro do ano passado com a presença de muitos profissionais do transporte coletivo, apesar das dificuldades diárias. Ele afirma que já tiveram reuniões na Superintendência Regional do Trabalho e no Tribunal Regional do Trabalho.
"É uma categoria com um trabalho muito árduo, o motorista que trabalha de manhã acorda 4 horas da manhã e o que trabalha no período da noite chega em casa depois das 2 horas," afirmou o presidente.
O presidente do Sindicato das Empresas do Transporte, Adriano Oliveira, avaliou de forma positiva, pois foi um reajuste salarial pelo terceiro ano consecutivo. Para ele, o aumento acompanhou a inflação e deu um reajuste real para os trabalhadores.
"O transporte está passando por uma transformação muito grande em Goiânia e seria muito ruim uma paralisação do serviço nesse momento. É uma avaliação positiva do acordo que foi firmado aqui hoje," disse Adriano.
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O procurador do trabalho, Alpiniano Lopes, lembrou a importância de trabalhar para evitar uma greve de um serviço essencial como o transporte coletivo. Para o procurador, é muito importante que não tenha a greve.
"Mesmo aquele que tem carro, tem a empregada que precisa chegar no trabalho. Você vai trabalhar, mas não tem alguém para cozinhar, lavar e cuidar da casa. No geral, todo mundo foi vencedor, a Justiça, o MPT, a sociedade, os trabalhadores e a empresa," disse Alpiniano.
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